6 de outubro de 2010

Dedilhando a aura

Entre o suor e a pele
não sendo simplesmente corpo
(o que é extraordinário
quase além-humano: deusa - com a sabedoria dos que sabem)
jorra a ternura nos olhos vi(d)rados: anja - com a sabedoria dos que sentem
Sinto escorrerem doçuras
pérolas brancas encharcadas
por todos os cantos
por todas as curvas
por todos os entres
onde se encontra a alma?
onde se encontra a cara? a face crua, delineada?
a um palmo a frente ou dentro, sei disso
Encosto calma em tudo
leves e lentas dedilhadas em toda superfície
na aura, na alma, nos lábios
os toques também são pérolas e escorrem
leves densos espasmos até le petit mort
quando tudo no espaço se une e se funde num ato

Um comentário:

Eli disse...

faz tempo que não visito isso aqui...muito bom, muito bom. você anda escrevendo muito bem.